O quanto você sabe sobre si mesmo?

20/7/2016        

 

 

“Quando ignoramos a essência, estamos ignorando nossas vontades, nossos desejos e também os nossos sonhos”, alerta a coach

 
Quem nunca acordou com aquela sensação de vazio e uma incessante busca de motivação para a vida? O despertar é desanimado e o dia já começa com o seguinte pensamento: que venha logo a sexta-feira! Quando chega ao trabalho o seu maior desejo é de ir embora. Já se perguntou quais são os seus objetivos atuais? O que está te impedindo? Já parou para refletir sobre os seus desânimos, sobre a sua inconstância diante da vida?
 
 
Passamos os dias encarando inúmeros sentimentos, diversas dúvidas, mas pouco é o nosso tempo e dedicação para refletir sobre os nossos reais anseios. Do que realmente você precisa para animar os seus dias, para ir trabalhar mais contente, para motivar a sua jornada? Todas essas indagações são necessárias para que a busca incessante pelo autoconhecimento faça parte da nossa vida. Morrer antes do fim, infelizmente é bastante comum nos dias de hoje. Morremos não na velhice, não com a chegada de doenças, a morte pode chegar no dia a dia, na ausência de propósitos. 
 
A coach, Jaqueline Jaques, aponta os principais indícios de que você precisa se conhecer melhor, como exemplo, não saber identificar as próprias emoções, o que realmente está sentindo:

“Geralmente a pessoa terá dificuldade de identificar se está sentindo raiva, apenas chateada e fica em dúvida se deve ignorar determinada situação ou se importar, além de não saber identificar se o problema pertence a ele mesmo ou ao outro. Normalmente, não admitem feedback, pois não acreditam em determinado comportamento”, explica. 
 
 

Não se conhecer te impede de alcançar os objetivos

 
Como traçar metas quando não se sabe realmente o que te faz feliz? Há inúmeros casos em que os objetivos caminham de acordo com o que os pais, com o que a sociedade impõe. Vivemos para realizar o sonho alheio, mas ignoramos a si mesmo. Há uma frase que diz mais ou menos assim: “Qualquer direção é válida, quando não se sabe para onde ir”. Na ausência dos reais desejos qualquer pessoa pode nos apontar uma direção e neste caso passamos a ignorar o nosso próprio destino e principalmente, as reais habilidades. A importância de cuidar das emoções e de desenvolver a inteligência emocional

Como ouvir a voz interior?

 
No artigo “A importância de fazer o que é importante na vida” o trainer de PNL (Programação Neolinguística), Jeavon Dangeli, diz que o momento perfeito para ouvirmos o coração é quando estamos com medo, confusão, deprimido ou desmotivado, pois as respostas que buscamos estarão sempre dentro de nós. “O que o coração deseja é o que realmente você gosta de fazer e isso representa a sua paixão”, enfatiza o autor. 
 
A coach considera que reconhecer os pontos fortes é o primeiro passo para impulsionar a vida no alcance dos objetivos. “Estar ciente do que faz e se faz bem, aumenta as chances de ter uma carreira ou uma vida pessoal estável e principalmente promissora”, acrescenta. 
 

Sabemos o que é essencial para a própria vida?

 
Diante dos padrões impostos não só pela sociedade, mas principalmente a partir da educação dos próprios pais, passamos a moldar uma personalidade e um padrão de vida que nem sempre corresponde com o que nos desperta paixão, seja profissionalmente ou mesmo na escolha das companhias. Será que estamos rodeados de pessoas que nos fazem bem, que são capazes de nos alegrar, motivar através de situações singelas? Leia também: A cura está em você
 
Se você costuma comparar a sua vida com a do seu amigo (a), talvez precise se conhecer melhor, alerta a coach. “Uma vez que eu preciso me comparar com alguém é porque eu não tenho referências sobre minhas emoções e meus próprios sentimentos”, sinaliza. 
 
O autoconhecimento é também um amuleto de proteção contra reações negativas e críticas que não estão de acordo sobre alguma área da sua vida. A orientadora ressalta que as pessoas que se conhecem conseguem transformar os pontos fracos em fortes e estão certas de suas convicções. 
 

A quem você quer agradar?

 
São poucas as vezes que nos fazemos essa pergunta, mas se observarmos no dia a dia, são raras as pessoas que desejam agradar a si mesmo e fazer aquilo que realmente ama, independente da opinião dos pais, dos parentes e da colocação social de suas escolhas.
 
“Quando ignoramos a essência, estamos ignorando nossas vontades, nossos desejos e também nossos sonhos. Na maioria dos casos o principal erro é querer agradar os outros antes que a si mesmo”, adverte a coach.
 
O palestrante Dangelli cita o comum desejo dos pais em relação a vida dos filhos, sendo as intenções ótimas, porém bloqueiam a verdadeira identidade desde a infância, o que mais tarde torna-se frustração. O autor também cita as críticas dos amigos que podem te desanimar imediatamente, mas não se antes você realizar essas perguntas para si mesmo: Será que essas pessoas atingiram os próprios sonhos? Será que costumam sonhar grande? Lembre-se de que a decisão será sua, ninguém pode te conhecer melhor do que você mesmo. 
 
“Geralmente, quem  ignora a própria essência não sabe dizer não, se inunda de trabalho para não ter tempo, exagera na comida, na bebida, nas drogas, se entrega aos relacionamentos doentios, gasta o que não tem e muitas vezes quer mostrar ser uma pessoa que não é”, sinaliza a coach. 

 
Jaqueline Jaques, Coach
Idealizadora do Programa de Coaching para Mulheres, Yes, We Can!
 
Referência:
 
http://www.nlp-center.net/articles/.html
 



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