Nanocosméticos é o fim das cirurgias invasivas?

29/4/2016        

 

Os genocosméticos são produzidos de acordo com informações do DNA de cada paciente e atinge as camadas mais profundas da pele

 
Ter uma pele bonita e firme com a chegada da idade já é possível através da nanotecnologia. Os nanocosméticos ganharam diversos países do mundo há aproximadamente 15 anos após a empresa francesa Lâncome, versão luxo da L’Oréal, lançar o primeiro cosmético composto por nanocápsulas de vitamina E capaz de retardar o envelhecimento. 
 
No Brasil é novidade o interesse em nanotecnologia, o que leva diversos profissionais do setor a se interessar pelo método. O país ocupa a terceira posição no ranking mundial de cosméticos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão.  A infectologista Dra. Luciana Auxi explica que os genocosméticos são altamente eficazes, pois reúnem as condições genéticas de cada paciente e através da nanotecnologia conseguem alcançar o DNA.
 
 “Antigamente a maior queixa na área científica é que os cosméticos atuavam de forma superficial e que não atingiam o DNA da pele. Foi a partir dessa necessidade que os investigadores encontraram na nonotecnologia a capacidade de atingir um tamanho cem mil vezes menor do que um fio de cabelo e penetrar no poro da derme”, exemplifica. 
 
Para a infectologista os genocosméticos serão apropriados principalmente para a população brasileira, onde há diversidade genética por conta da miscigenação. “Nascemos com uma parte genética diversa. Por isso, o cosmético para a europeia não vai dar certo para a pele da brasileira”, completa. Confira também: Conheça mais sobre o importante colágeno
 
Cosméticos e Cosmecêuticos, qual a diferença?
 
É sabido que o excesso de preenchimentos na face comumente aplicado na pele deixa uma aparência artificial e faz perder as expressões naturais do rosto. Para amenizar o envelhecimento da pele existe uma gama de cosméticos no mercado. A Dra Luciana Auxi explica a diferença dos produtos direcionados para a aplicação epitelial, como os cosmecêuticos  que melhoram o círculo celular, reduz o desgaste das células, além de ajudar na produção de proteínas que são enfraquecidas decorrente do envelhecimento. Enquanto os cosmecêuticos são compostos bioativos indicados para o tratamento terapêutico, resolução de implicações na pele ou problemas estéticos como manchas, os cosméticos possuem a finalidade somente de embelezar e agir em camadas superficiais da derme.
 
Empresas brasileiras já apostaram em cosméticos com nanotecnologia
 
O Boticário foi a primeira empresa do setor a investir no mercado nanocosmético. Criou o creme anti-sinais para região da testa olhos e contorno labial com o ativo Nanoserum. O produto recebeu os ativos da vitamina A, C e K mais um composto para clareamento. Em parceria com o laboratório frânces Camucel investiu R$ 14 milhões e lançou em 2005. Em seguida, em 2007, a Natura criou o produto Brumas de Leite, com a presença de partículas de 150 nanômetros. O creme era apresentado pela marca como um potente hidratante e de fácil absorção.  Leia: Hábitos que contribuem para saúde da sua pele
 
Referências: Revista Pesquisa-Beleza Fundamentada, Dinorah Ereno: http://revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2008/04/80-85_Beleza_146.pdf
 
Luciana Auxi, infectologista (CONASEF)
Especialista em Medicina Integrativa e prática Ortomolecular
 



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