As complexidades que envolvem um bom treino

27/7/2016        

 
 

EXISTE UMA PIRÂMIDE DE NECESSIDADE DE EXERCÍCIOS

 
Para quem acha que treinar é simples, é preciso repensar essa ideia. A simplicidade em si, na verdade, está relacionada com boa orientação profissional e com os cuidados que a pessoa toma com a própria saúde.
 
O artigo A importância da recuperação muscular no pós-treino, esclarece que faz parte do pós-treino, a boa recuperação, que é importante tanto para o desenvolvimento muscular quanto para a recuperação de pequenas lesões. A recuperação leva de 48 a 72 horas para ocorrer. 
 
A educadora física e Health Coach, Raquel Quartiero, ressalta que singularidades são levadas em conta no que se refere à recuperação pós-treino, como no caso das mulheres que no ciclo menstrual, podem demorar mais para se recuperem: ”O histórico de treinamento também é levado em conta, o que a pessoa já treinou ou deixou de treinar é importante".
 
A especialista explica que é importante saber quais são as atividades que podem ser praticadas além dos treinos, quais as restrições, assim como é importante verificar se existe alguma lesão, se há alguma doença que possa limitar o esforço: “A análise nutricional é feita, metabólica (via exame de sangue), para saber quais as variáveis antropométricas, e só assim, é possível determinar quais são os objetivos e quais são as necessidades de cada um".
 
A coach destaca que geralmente o foco das pessoas é a perda de peso, ter um corpo bonito, mais disposição, nível de performance melhorado, querem que seja divertido, ganhar massa muscular, entre outros objetivos: 
 
“Mas o que as pessoas realmente nem imaginam e precisam é de de força, de uma postura melhor, de uma melhor mobilidade, de uma melhor consciência corporal, melhora de resistência anaeróbia. Precisam realizar a prevenção de lesão, melhorar a estabilidade e flexibilidade de corpo, o que levará a uma boa postura. Precisam se divertir, ter uma resistência aeróbia melhorada e ter força de cor.”
 
A educadora física explica que a força de cor é o centro do corpo, é o que vai tirar as dores e que melhorará a performance desportiva.
 
Outro ponto destacado pela coach é o de que as pessoas não costumam explorar no treinamento as capacidades como: agilidade, coordenação, equilíbrio dinâmico, potência e diversão:
 
“Todo mundo procura diversão, mas são poucas as pessoas que se divertem treinando, também procuram velocidade e desafio. Quando o treino é sempre igual não desafia a nada além da superação da monotonia. O treinador nesse momento tem um papel importante porque é o gestor da qualidade de vida da pessoa.”
 
A educadora esclarece que da mesma forma como existe uma pirâmide de necessidade alimentar, há uma pirâmide de necessidade de exercícios. A base deve ser de exercícios integrados (exercícios do dia a dia: levantar, puxar, correr, agachar, entre outros), que se utilizam da habilidade esportiva para lidar com as necessidades do cotidiano como carregar uma caixa, segurar uma sacola, entre outras.
 
Logo depois, vêm os exercícios multiarticulares e no topo, ficam os exercícios isolados. A especialista alerta para um erro que é cometido pela maioria das pessoas: 
 
“O que acontece hoje na maioria dos treinamentos é que o foco é no exercício isolado da musculatura, ou seja, focado principalmente em estética, é menos desafiador, mais monótono e pouco divertido. Quanto mais isolado, menos desafio motor, menos força de cor, menos equilíbrio, é como se a pessoa estivesse focando em 80% dos exercícios que dão apenas 20% de resultado.”
 
A treinadora explica que a evolução do treinamento de movimento precisa passar por três fases: a fase do treinamento de base (onde o foco maior é o equilíbrio muscular e mobilidade); treinamento de movimento avançado e o treinamento de transferência de movimento. Essas fases funcionam como uma engrenagem e precisam acontecer juntas. Mesmo em alta performance, o treinamento de base estará sempre sendo refeito: “O treinamento de base garante a eficácia e a segurança dos movimentos; equilíbrio muscular; amplitude de movimento; melhora de movimento corporal; traz estabilidade de cor; fundamentos dos padrões básicos de movimento e maior domínio sobre o próprio corpo”.
 
A especialista esclarece que com o corpo já bem equilibrado, o desafio é fazer com que exerça mais força nos padrões de movimentos básicos aprendidos anteriormente: mais carga, mais demanda metabólica e uma maior complexidade no treinamento. Ocorre uma sinergia, depois de equilibrar as partes, começa-se a trabalhar o todo:
 
“A terceira fase do treinamento favorece a diversão, a simulação da vida real realmente acontece. Depois de desenvolver força, potência, mobilidade, agilidade, estabilidade, resistência, os estímulos se adaptam às necessidades reais de movimento.”
 
A coach acrescenta que quando chega a terceira fase, as sessões de treinamento ficam mais variadas, complexas, divertidas, promovem padrões de adaptação positivos que são transferidos para a vida. 
 
O ideal se o anseio é começar a praticar atividades físicas, é procurar por profissionais realmente habilitados que consigam lidar com todas as complexidades que um treinamento requer.
 
 
 
 
 
Raquel Quartiero – Educadora Física (Health Coach)
Fanpage: www.facebook.com/raquel.quartiero
Site: www.corposublime.com/emagreca-em-20-dias

 
 
 
Fontes

Conbela – Congresso Brasileiro de Beleza e Autoestima

A importância da recuperação muscular no pós-treino. Top Estima: www.topestima.com.br/index.php/dicas-e-listas/item/125-a-importancia-da-recuperacao-muscular-no-pos-treino


 



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