Como a PNL pode transformar a educação na infância?

2/6/2016        


Coach diz que jamais podemos confundir um comportamento inadequado com identidade


Eu posso, eu consigo, eu sou capaz! A partir dessa frase existe a compreensão da força motivacional da Programação Neolinguística (PNL), uma técnica que compreende as condições da mente humana e hoje é aplicada para inúmeros fins comportamentais, como na educação infantil. 
 
As crianças recebem desde a infância estímulos dos pais e reproduzem crenças pré-concebidas do ambiente vivenciado. Se esse espaço for hostil, agressivo e de caos, logo a criança em algum momento da vida apresentará insegurança, medo e se fará de vítima diante das situações. 
 
A terapeuta e mestre em comportamento humano, Sandra Nakkoud, explica que a melhor forma de excluir determinados comportamentos é eliminar crenças ainda na infância. De acordo com a PNL somos movidos por crenças e possuímos comportamentos que podem ser moldados desde a tenra idade.
 

Crianças tímidas, como lidar?

 

Nesse caso é recomendado mudar essa visão que as outras pessoas costumam possuir sobre a criança, pois isso fará com que acreditem que são tímidas e carregar essa crença para vida adulta. De acordo com a terapeuta a timidez é um comportamento que pode ser modificado, assim como todos os outros. 

“Quando um adulto diz que o seu filho é tímido, por exemplo, justifique na frente da criança que está agindo dessa forma porque ainda não o conhece bem, mas que aos poucos se sentirá mais a vontade”, explica. 
 
A coach diz que na infância é recomendado não atacar a identidade da criança e isso também vale para relação entre os adultos, por exemplo, ao chamar atenção de um funcionário ou mesmo numa discussão com o marido é importante ressaltar que se trata de uma queixa sobre o comportamento e evitar ser destrutivo aplicando adjetivos negativos e inserir uma identidade no lugar da ação que pode ser modificada. 
 
“O bullying existe por ser exatamente um ataque à identidade no momento em que é dito o que a pessoa é. Sempre quando for se comunicar com a criança mantenha a dignidade dela, o amor. Explique que se trata apenas de um comportamento negativo e que isso não interfere no seu amor e admiração”, orienta.  
 
 

Crianças podem ser espelhos dos pais

 
Em 1974 Richard Bandler e Jonh Grinder criaram o processo chamado na PNL de modelagem. Através desse recurso foi possível mapear o comportamento bem sucedido entre as pessoas por meio das crenças, valores internos, fisiologias e estratégias. De acordo com a coach as crianças nada mais são do que modelos dos pais.
 
“Por esse motivo é importante antes de apontar um diagnóstico na criança de hiperatividade, entre outros, observar o comportamento dos pais. Podem existir casos em que a mãe ou pai apresente a implicação e não tenha consciência”, alerta. 
 
A terapeuta indica a avaliação do âmbito familiar. Observar quando a criança estiver agressiva se há intrigas na família e se os pais costumamreproduzir essa conduta. “O que aprendemos na infância, dificilmente ficará na infância. Levamos as vivências para a vida adulta, portanto, é essencial ensinar novos comportamentos que irão repercutir por toda a vida”, pontua. 
 

Terapia para pais e filhos

 
Sandra cita um exemplo de uma paciente que procurou ajuda por conta do comportamento do filho. A coach comenta que a mãe estava nervosa e apresentava indícios de depressão. Ao observar previamente a situação da mãe a especialista indicou a terapia. “O filho que era a primeira questão de tratamento, quando notou as melhorias da mãe e modelar o comportamento positivo foi melhorando naturalmente. É muito interessante antes de deixar alguém falar dos nossos filhos observar de onde está vindo essa modelagem”, sugere. 
 
Buscar a intenção positiva, sobretudo separar a identidade de um simples comportamento são ações no dia a dia imprescindíveis para educar e contribuir para a evolução pessoal das crianças. A PNL apresenta soluções interessantes que inseridas ainda na infância serão carregadas por toda a vida. E para os adultos, nunca é tarde para aprender. 
 
Referências:
 
http://golfinho.com.br/livro-do-mes/criancas-felizes-voce-feliz.htm
 
http://golfinho.com.br/john-thomas-grinder.htm
 
Sandra Nakkoud, terapeuta
Mestre em comportamento humano, hipnóloga e coach
 



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