A maternidade é um momento mágico para a maioria das mulheres. São meses de expectativa e ansiedade até a chegada do tão esperado bebê. Quando pensamos no pós-parto, logo vem a mente uma mulher sorrindo ao lado de seu filho. Contudo, essa experiência não é tão positiva para todas as mulheres. Algumas mães sentem tristeza, melancolia, rejeição e sentimento de culpa. Como pode a alegria de ser mãe se transformar em raiva e descontrole?
Os primeiros dias após o nascimento do bebê podem ser desgastantes, devido a mudança brusca de rotina e o desequilíbrio hormonal. Sentimentos de insegurança, irritabilidade e angústia são normais. Porém, quando esses sentimentos começam a atrapalhar a relação da mãe com o seu filho, pode ser indício de depressão pós-parto (DPP), um problema sério que necessita de acompanhamento médico.
A psicóloga perinatal e obstétrica Maria Cecília Mattos explica que o primeiro passo, e mais difícil, é admitir o problema. “É comum que as mulheres sintam-se confusas e envergonhadas por estarem tristes após a chegada do bebê. Mas, por sentirem-se inadequadas, muitas vezes não falam sobre isso. É preciso esclarecer que a melhor maneira de lidar com o "Baby Blues" ou depressão pós-parto é justamente falando sobre as emoções, e sobre o impacto das mudanças e os desafios desta fase”, aconselha.
A especialista explica que, geralmente, a depressão pós-parto (DPP) se desenvolve dentro das primeiras semanas após o nascimento do bebê, mas pode começar mais tarde - até um ano após o parto. Ela alerta que é importante procurar auxilio médico se os sinais e sintomas de depressão têm uma ou mais dessas características:
- Estão piorando;
- Prejudicam sua habilidade de cuidar do bebê ou de realizar tarefas;
- Incluem pensamentos de agressão ao bebê ou a si mesma;
Depressão pós-parto x Baby blues
De acordo com a especialista o "baby blues" ocorre devido às mudanças hormonais e químicas súbitas que ocorrem após o parto e é marcada por tristeza e irritabilidade, crises de choro, agitação e ansiedade, afetando de 60% a 80% das mães no pós-parto. Já a Depressão pós-parto é uma condição mais séria que exige um acompanhamento psicológico.
“A princípio a DPP pode ser confundida com o "baby blues" - mas os sinais e sintomas são mais intensos e duradouros. Enquanto baby blues é passageiro - dura, geralmente, até 15 dias após o parto - e está intimamente relacionado às mudanças hormonais, a DPP é uma condição mais persistente, que requer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, e o uso de medicação pode ser recomendado”.
Maria Cecília reforça que a informação é primordial para um pós-parto mais tranquilo e agradável, visto que é muito comum as mães sentirem culpa pelos sentimentos negativos relacionados ao bebê. “ É importante que as futuras mães, seus parceiros e a família conheçam os sinais e sintomas do “Baby Blues” e da DPP antes do bebê nascer, para ter ideia do que esperar. Além disso, ter informação facilita a identificação de mudanças de humor de curta duração (o "Baby Blues"), ou se será necessária ajuda profissional (DPP)”, completa.
Fontes:
http://guiadobebe.uol.com.br/depressao-pos-parto-materia/
http://revistadonna.clicrbs.com.br/noticia/psicologa-da-dicas-para-identificar-a-depressao-pos-parto/
http://brasil.babycenter.com/a2100162/depressão-pós-parto
http://www.semprematerna.com.br/depressao-pos-parto-precisa-ser-tratada-com-psicoterapia/
http://revistadonna.clicrbs.com.br/noticia/psicologa-da-dicas-para-identificar-a-depressao-pos-parto/