Por que a busca pelas comidas de conforto?

6/8/2016        

 
 

Nutrir o corpo, as relações e alma para uma vida saudável 

 
Diante do objetivo de perder peso a primeira mudança que vem à cabeça é mudar a alimentação e iniciar a prática de atividade física. Para que os resultados positivos permaneçam durante toda a vida um fator importante é por vezes ignorado: a saúde emocionalO desafio não implica somente em perder peso, mas principalmente manter a rotina saudável e os resultados positivos. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, pela rede de atendimento médico Orlando Health, aponta que 90% das pessoas não consideram os fatores psicológicos importantes para perder peso. A maioria foca somente nos exercícios e dieta, e esquece o quanto a saúde emocional pode atrapalhar, formando o mecanismo de recompensa. 
 
A coach de Saúde Integrativa, Melissa Setubal, explica que diante da dificuldade para abandonar os hábitos alimentares pouco saudáveis é necessário observar a nutrição em vários aspectos da vida. Leia também: Alimentação que gera recompensas emocionais.

“Cada área da nossa vida precisa ser nutrida, muitas vezes quando  sentimos o desejo incontrolável por comida é importante perceber que têm áreas que estão chamando por atenção e estamos na tentativa de ignorar e anestesiar, justamente usando aquela comidinha de conforto específica para que isso ocorra”, sinaliza. 

                                                                   Qual a importância da alimentação primária? 
 
Os alimentos primários irão nutrir diferentes setores da vida e alimentar as necessidades emocionais. De acordo com a especialista quando estamos conscientes do momento emocional que estamos enfrentando há uma maior clareza sobre as escolhas que colocaremos no prato. “É preciso entender que não só o alimento oferece energia para a vida, assim desapegar dessa associação que nos torna escravos da comida”, comenta. A alimentação primária visa observar os relacionamentos românticos, a relação com os pais, amigos e familiares e até a ausência desses laços.
 
 
“As relações das mais profundas, até as mais superficiais, todas elas nos nutrem, todas são extremamente importantes”, completa. Observar os aspectos da vida e dar uma atenção especial às relações humanas é um ponto de suma importância entre as pessoas que estão presas aos alimentos de conforto. Quando algum setor da vida apresenta algum problema a comida de conforto é a primeira opções para tentar descarregar esse sentimentos, mesmo que seja apenas um comportamento ilusório. 

“Não podemos jogar a responsabilidade do outro em nos dar um sorriso, em ser cortês, em respeitar, oferecer amor, oferecer carinho, compaixão. Temos que começar oferecendo compaixão e amor para nós mesmos”, aconselha. 

Como os exercícios físicos podem te libertar?
 
A coach reforça que assim como várias áreas da vida necessitam de nutrição, o corpo também pede por movimento, para que possa receberenergia e estar saudável. “A atividade física ela vai muito além de um mecanismo de compensação, pois ela nutre e vai despertar as sensações de prazer e bem-estar”, recomenda. Outro setor da vida que também não pode ser desconsiderado é a área profissional. A coach comenta que o estresse no trabalho está entre os principais motivos apontados que levam ao consumo da comida de conforto. 
 

Espiritualidade e uma força maior
 
Quando falamos da espiritualidade não há associação com religião, enfatiza a coach, mas sim com a consciência de que há uma conexão com nós mesmos e mais, uma forte ligação com uma força maior. “Não existe me sentir útil para o mundo sem a relação com as pessoas, não existe a relação com as pessoas sem sentir essa conexão de algo que é maior que nós mesmos e tudo isso faz com que a gente se sinta saudável fisiologicamente falando”, orienta. De acordo com a palestrante enquanto todos os vazios internos persistirem a busca incessante pela comida irá prosseguir, até que as transformações ocorram e a consciência desses sentimentos. Precisa mudar os hábitos e tem dificuldade?


 
Melissa Setubal, Coach de Saúde Integrativa
 
Referências:
 
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/90-das-pessoas-subestimam-fator-emocional-na-perda-de-peso-diz-estudo.html
 



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